La distancia más larga, primeira longa-metragem da realizadora venezuelana Claudia Pinto, ganhou o Prémio Glauber Rocha para o Melhor Filme Latino-Americano na 37ª edição do Festival de Montreal. O filme é uma terrível e ao mesmo tempo bela viagem vital à Grande Savana, esse paraíso do sudeste venezuelano com as montanhas mais antigas do planeta.
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A Grande Savana são quase 11.000 quilómetros quadrados de beleza natural. Situada no Parque Nacional de Canaima, no sudeste da Venezuela, perto das fronteiras com o Brasil e a Guiana, conta com rios, cascatas, vales profundos, selvas impenetráveis, as montanhas mais antigas do planeta e umas mesetas conhecidas como tepuyes que alojam uma grande variedade de espécies animais e vegetais. É para lá que se dirige a espanhola Martina (Carme Elías) quando a avisam de que lhe resta pouco tempo de vida. A sua intenção é subir o monte Roraima e a meio caminho deixar-se morrer, mas sabe que precisa de alguém para a acompanhar. A visita do seu neto Lucas (Omar Moya) chega, assim, no melhor momento. Pelo menos é isso que ela acha. O rapaz, alheio à situação em que a avó se encontra, aceita ser seu acompanhante, mas as coisas mudam quando percebe que na verdade a está a guiar até à sua morte. Sobre este argumento, Claudia Pinto constrói La distancia más larga, um filme sobre a liberdade de viver –e de morrer– como e quando cada um escolhe. No Festival de Cinema de Montreal, um dos dez mais importantes do mundo, um júri presidido pelo produtor Alan Ladd Jr. (vencedor de mais de 50 Óscares por filmes tão famosos como Star Wars, Blade Runner ou Thelma & Louise) concedeu o Prémio Glauber Rocha ao Melhor Filme Latino-Americano.
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Trailer_Montreal_Sub_Eng from Claudia Pinto Emperador on Vimeo.