Do inglês crowd (multidão) e source (fonte, fornecedor), colaboração aberta distribuída.
Consiste em externalizar tarefas que eram tradicionalmente realizadas por um empregado ou fornecedor a um grupo numeroso de pessoas ou uma comunidade, através de uma convocatória aberta.
Estellés e González (2012) propõem uma nova definição integradora após estudarem mais de 40 definições: “O crowdsourcing é um tipo de atividade em linha participativa na qual uma pessoa, instituição, organismo sem fins lucrativos ou empresa propõe a um grupo de indivíduos, através de uma convocatória aberta flexível, a realização livre e voluntária de uma tarefa. A realização da tarefa, de complexidade e modularidade variável, e na qual a multidão deve participar contribuindo com o seu trabalho, dinheiro, conhecimento e/ou experiência, implica sempre um benefício mútuo. O utilizador irá receber a satisfação de uma necessidade concreta, seja ela económica, de reconhecimento social, de autoestima ou de desenvolvimento de aptidões pessoais, enquanto o crowdsourcer irá obter e utilizar em seu benefício o contributo do utilizador, cuja forma irá depender do tipo de atividade realizada”.
O crowdsourcing é um modelo de produção e resolução de problemas. Normalmente, os problemas são divulgados a um grupo de pessoas desconhecidas através de uma convocatória aberta para estas os resolverem. Os utilizadores formam comunidades em linha e sugerem soluções. As comunidades revêem-nos para encontrar erros ou melhorá-las. Uma vez decididas, as melhores ideias passam a ser da entidade que propôs o problema no primeiro lugar: o convocador. Por vezes há recompensas para as pessoas com as melhores propostas, seja através de dinheiro ou de prémios. Noutros casos, a única recompensa é o prestígio ou a satisfação intelectual. Os participantes no crowdsourcing podem ser amadores ou voluntários que trabalham no seu tempo livre, ou também especialistas e pequenas empresas desconhecidas para o organismo que expôs o problema.